segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tudo mudou, desde que te olhei pela primeira vez...


Tá tudo tão confuso, já cansei de buscar me entender, já nem quero mais saber. Eu só sei que não posso e deve sim ter algo maior, eu devo pelo menos no fundo acreditar nisso. E de que vale não estar ao seu lado? Céu, inferno, roda viva, viajante... Já não sei.

Te quero pra uma noite, uma noite e meia, uma vida, uma vida e meia. Te quero hoje de qualquer jeito e até o vento e a bolsa sabem e colaboram para te querer mais e mais. Já sei que tenho que me afastar, assim não dá mais, mas o meu masoquismo peculiar e particular não deixa, não quer, só sabe me colocar entre a cruz e a espada.

Sinto vontade de rasgar sua roupa, e perguntar “porque não eu?”. Não posso, queria poder mais não posso.
Queria você pra viver longe daqui, onde o mundo não nos alcançasse, onde não saibam quem eu sou e simplesmente não julguem. Aceitem. Mas de que adianta os outros não me conhecerem, se sempre e sempre minha alma, vai me condenar como me condena agora. Finjo paixões, caço amores, busco curas milagrosas, sobrenaturais, de verdade metafísicas, mas essa peste, essa doença, esse amor, não saem daqui. Vontade de fugir. Vontade de gritar no meio do campo com a mesma força que guardo pra rasgar suas roupas. Só pra ver se isso passa...


Laila Naymaer



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