quarta-feira, 9 de abril de 2014

A experiência mais incrível da vida, tornar-se mulher

Tornar-se Mulher...

Quem disse que tornamo-nos mulher e não apenas nascemos mulher acertou em cheio. Ser mulher é um processo de amadurecimento que muito pouco tem a ver com feminilidade. Tornar-se mulher exige muito de um ser. É um processo de reconstrução constante. Toda mulher é uma fênix, não importando muito como se leva a vida. Todas nós morremos um pouco, e ressurgimos renovadas, às vezes dói mais, às vezes dois menos, dificilmente não doa, mas isso nos ensina muito sobre o valor da felicidade, essa felicidade verdadeira que não exige fórmula.

 Viver a cada dia com novos desafios e rotina bagunçada querendo acertar faz parte da vida. Tornar-se mulher tem muito mais a ver com a vida adulta do que antes eu poderia imaginar. Tem a ver com descobrir-se mais, proibir-se menos e aceitar nossos medos, chamá-los para uma conversa franca, encará-los de frente, de peito aberto e aprender a lidar com eles. Não é fácil reconhecer.

Machucamo-nos a todo instante tentando acertar, e outras vezes libertamo-nos muito jogando para o alto e fazendo tudo errado ou simplesmente fazendo. É uma experiência divisora de águas, permitir-se errar. Aprendemos. Aprendemos que não precisamos sempre estar na água e nem sempre estar na terra. Tudo tem um ponto de equilíbrio. Engana-se quem pensa ser um só.

No processo de tornar-se mulher, eu particularmente tenho sentido muita dor, culpa, alivio, medo, liberdade e independência. Esse processo que não nos prepara para entender que não devemos separar, mas somar. Esse processo dói. E acontece sem quaisquer avisos.

Tornar-se mulher tem a ver com olhar-se com amor e olhar bem pra dentro, buscando não valorizar tanto assim nossos defeitos e muito menos acharmos que apenas nós somos boas no que fazemos. É respirar fundo e muitas vezes deixar simplesmente acontecer.

Tornamo-nos mulher aos poucos, e pouco tem a ver com usar ou não batom, com rímel, pó, base, sombra e blush. Tem mais a ver mesmo com os dias que não usamos, com os dias que nos olhamos cara a cara com o espelho e decidimos que não é só isso que nos compõe. Tem a ver com como nos sentimos em relação a nós mesmas e procurar se sentir bem, aceitar as mudanças, aprender a ser flexível com quem mais importa nesse momento, ou seja, “eu”.


Laila Naymaer


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