sábado, 28 de abril de 2012

Breve desabafo sincero

Tenho me sentido uma mulher tão forte, articuladora, sagaz, mas as vezes me lembro de você e me sinto tão delicada e frágil, como uma porcelana prestes a cair no chão e quebrar. Me encontro em várias facetas, inimagináveis a olho nú, irreconhecíveis nos espelhos do meu quarto, respirando fundo e pensando que, se não for assim, se não começar de um jeito, não vou a lugar algum.

Tendo me desligar de tudo, encho-me de pensamentos, transbordo-me em escritas, vivo tentando viver, tentando te esquecer e eternamente assim sem querer, mas te querendo. Descubro ou tenho confirmações de suspeitas, mas ainda sim queria você ao meu lado, cada conquista, cada derrota e cada vitória é com você que eu quero compartilhar, mas não te tenho ao meu lado.

De todas as formas já tentei te substituir, mas ninguém tem as características que meus olhos clínicos  capturavam em suas medidas. Não sei quantas desilusões mais vou ter por não conseguir te esquecer, achando que sofrendo conseguiria ser indiferente, calejadamente te apagar, mas nos sofrimentos é que me apego a essa imagem construída a partir de ti, não sei bem ao certo que fazer de mim.


Laila Naymaer



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Inteligência e saúde, por favor...

Um corpo sem inteligência não ama. Um corpo sem saúde não desfruta do amor.


Paulo Baleki



Eu quero ter todas as perguntas, pra que Você me traga todas as suas respostas

Se as lutas aparecem não devemos baixar a cabeça, aquele que não questiona permanece com suas dúvidas e sempre no mesmo marasmo.


Laila Naymaer



E que seja com muito e ao mesmo tempo sem muitas coisas

Não quero pouco, eu quero muito, muito amor, respeito, segurança, confiança, carinho e dignidade, mas o que eu mais quero é Sonhar. Sonhar sempre, sem medo, sem receio, sem Limites.


Laila Naymaer





Pena é um sentimento tão pobre

Eu aprendi a amar a vida de que quem me bate na cara, fala de mim, vive contra mim, posta indireta, corta minha cabeça, me mata afogada, fala tudo isso ou faz em pensamentos. E nem me sinto culpada por gostar dessa gente que me despreza, eu prefiro gostar do que sentir pena, acho que pena é um sentimento pouco pobre.


Laila Naymaer



Tem coisas...

Tem coisas que sinceramente eu prefiro fingir que não sei, que não vi, até escuto pra não esquecer com quem eu convivo. Pessoas que nem merecem ganham meu carinho e minha preocupação todos os dias.


Laila Naymaer

segunda-feira, 23 de abril de 2012

não quero mais viver de passado, afinal, já se foi.

Pelo que eu deveria me arrepender? 
Hoje por nada, por tudo que eu deveria me arrepender, eu já me arrependi. De ontem pra hoje tenho estado plena de pensamentos. Ontem eu olhei e logo constatei, foi por isso mesmo que eu me apaixonei?
Se foi... se foi por isso solamento, dormi mal, chorei, gritei, tive vontades de espancar, me controlei pra não pirar, e agora? Agora nada, eu não quero mais viver de passado, afinal, já se foi.


Laila Naymaer



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Mulheres

(...)

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravasam?

Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...

É choro feminino. É choro de mulher...

Já viram como as mulheres conversam com os olhos?

Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.

Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem?

Elas conhecem todos...

Parece que frequentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.

EN-FEI-TI-ÇAM !

E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.


(...)

Luís Fernando Veríssimo


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Breves indagações de um amor

Como perder algo que não se tem?
Como amar alguém com quem não se convive?
Como desapegar-se de algo tão inebriante?
Como não sentir o perfume do mundo?
(O perfume de um mundo próprio retido num ser platonicamente real, desejavelmente sonhado e construído a cerca de expectativas iludidas e ilusórias de um ser complexo racional, passivamente  passional diante de tal objeto de desejo).


Laila Naymaer


Fugi tanto

Quantas vezes sabendo que te amava eu não disse, menti dizendo que não sabia. Quantas vezes, quantos dias ainda vou ter que sofrer com essa dor, com essa dúvida que tem me consumido. Eu te quero mais que tudo. Eu sempre te quis...
Eu tive medo de sermos um caso passageiro,  por que antes de você eu nunca quis um compromisso, e sei pelo seus casos que você também era bem assim. É difícil esconder o que sinto por você, por mais que digamos que já foi, que não vai voltar (e talvez não vá), quem é que sabe os desígnios do coração. Em quantas partes divide-se uma história?



Laila Naymaer

Talvez nunca eu aprenda a brincar

Sou como uma criança que não quis brincar com um brinquedo que tanto gostava para não estragar, de tanto guardar não soube brincar. Quando tentei ilusionei, achei que nunca quebraria, quebrei e me cortei. Acho que nunca deveria ter tirado da caixa.


Laila Naymaer

Tanta coisa perdi em teus olhos

Tanta coisa pra dizer com os olhos. Tantos beijos tenho a declarado no silêncio da distância dos nossos corpos e da proximidade em que a minha alma zela a tua.

Quanta vezes eu perdi a noção das horas contigo, quantas vezes perdi a noção do que era eu, misturada ao que tu era, quantas vezes iguais os sentimentos, teu, meu, nosso.


Laila Naymaer


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Vivo em ânsias

Vivo em ânsias por querer-te, vivo doendo por em demasia te querer, vivo de um jeito meu, meu jeito de felicidade, felicidade por saber que tu ainda estás a respirar.


Laila Naymaer


"...(.)"

Eu sei que não deveria, que talvez nem tenha sido tanto amor, mas eu ainda sinto sua falta...

Laila Naymaer



Voar Distancias...

E hoje eu estou meio triste, meio feliz, há tanta coisa que eu gostaria mas não posso fazer, os meus conceitos me levam pra um lugar distante do meu coração. Meu medo do que transcende a realidade e se explica de forma metafisica me prendo, me retém por aqui. Eu não sei exato o que me aflige, eu sei que sinto uma falta, não é exatamente do seu ser físico ou biológico, é do seu psicológico, que da sua maneira tirava meus pés do chão e me fazia voar distante ao som da sua voz.


Laila Naymaer 

terça-feira, 10 de abril de 2012

o verdadeiro amor não pode ser negado

Por vezes a minha dor é esmagadora, e embora compreenda que nunca mais nos voltaremos a ver, há uma parte de mim que quer agarrar-se a ti para sempre. Seria mais fácil para mim fazer isso porque amar outra pessoa pode diminuir as recordações que tenho de ti. No entanto, este é o paradoxo: Embora sinta muitíssimo a tua falta, é por tua causa que não temo o futuro. Porque foste capaz de te apaixonar por mim, deste-me esperança, meu querido. Ensinaste-me que é possível seguir em frente com as nossas vidas, por mais terrível que tenha sido a nossa dor. E à tua maneira, fizeste-me acreditar que o verdadeiro amor não pode ser negado"



Nicholas Sparks



segunda-feira, 9 de abril de 2012

Essas nem valem a pena...

Eu preciso aceitar que simplesmente, certas pessoas não me merecem.



Laila Naymaer


como lidar com as dores que não passam com um beijo?

A lembrança dói. Meu cérebro tenta descobrir onde fica exatamente a dor, mas logo desiste, porque tudo dói.
Estou cansada de viver como se já fosse uma pessoa adulta e madura.
Gostaria de voltar a ser criança – uma garotinha de seis anos que caiu da bicicleta.
Gostaria de fazer cara de choro e correr aos berros para a cozinha, onde minha mãe me ergueria do chão,
me daria um forte abraço e beijaria meu joelho esfolado. Eu pararia de chorar e tomaria leite com chocolate para a dor passar.
Essa é uma das coisas que as pessoas não nos ensinam quando falam de crescer:
- como lidar com as dores que não passam com um beijo.



Martha Medeiros

domingo, 8 de abril de 2012

O Agosto era nosso lembra?

     Aposto que em agosto você nem vai lembrar de mim... aposto que no dia do seu aniversário nem vai lembrar que dezesseis dias depois eu , eu faço aniversário...



Laia Naymaer




Apaixone-se por todos os detalhes, e não por uma parte apenas

Hoje eu estava lendo algumas coisas e lembrei que para ser apaixonada de verdade, não precisamos e não  devemos ser apaixonados apenas por um corpo, por umas palavras sem  saber o quanto de verdade elas tem. É preciso se apaixonar por cada detalhe, por cada pedaço, da alma, do espirito, do corpo também. Gostei tanto de me apaixonar pela sua inteligência, sua paciência, sua carência feita do mesmo querer e da mesma falta que a minha, as duas carências tão parecidas completando-se a cada detalhe. Ah, esses detalhes dos seus olhos, do seu nariz, os segredos da sua boca, as respostas para as perguntas sobre você que, estão todas guardadas no seu coração. Seu coração que parte apaixonante de você, tão carinhoso e obstinado, enganoso e enganado, carente e carinhoso, lutando contra suas ausências, disfarçando seus desejos, ou os deixando tão claros. Me apaixonei por suas palavras, quando te olhei nos olhos, vi que algumas delas eram mentiras, mas o seus olhos vi tanta coisa nas cores dos seus olhos, seus olhos brilhantes, quero ver de novo ainda, um dia quem sabe, meu reflexo nos seus olhos, grandes olhos castanhos, brilhantes olhos.

Laila Naymaer


sábado, 7 de abril de 2012

Eu e você sempre...

     Logologo assim que puder vou telefonar, por enquanto tá doendo, e quando a saudade quiser me deixar cantar vão saber que andei sofrendo. E agora longe de mim, você possa enfim ter felicidade, nem que faça um tempo ruim, não se sinta assim só pela metade. Ontem demorei pra dormir tava assim sei lá, meio passional por dentro, se eu tivesse o dom de fugir pra qualquer lugar tinha feito um pé de vento, sem pensar no que aconteceu nada, nada é meu nem o pensamento...


Jorge Aragão

terça-feira, 3 de abril de 2012

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Mito da Caverna




Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.

Platão




Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chauí






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domingo, 1 de abril de 2012

Julgue a mulher que você quiser, mas só depois que viver a vida dela.

          É muito fácil julgar uma mulher segundo, a forma que ela veste-se, observando a maquiagem que ela usa, se caso as cores são fortes, claras ou meio tom. É fácil criticar se ela usa piercing ou tem tatuagem, se usa saia, jeans ou suplex, se é inteligente, bonita ou até gostosa, se é gorda demais, magra demais, feia, cafona, elegante e coisa e tal. Eu quero ver é você, passar pelo que ela passa, sentir os espinhos que ela sente, amar quem ela ama, chorar por quem ela chora, sentir falta dos seus mortos, tantas vezes tão vivos. Eu quero ver você trabalhar com as pessoas que ela trabalha, estudar com quem ela estuda, enfim. Eu quero ver mesmo o seu julgamento, depois que você viver a vida dela.






Laila Naymaer

Desalento

Sim, vai e diz, diz assim 
Que eu chorei, que eu morri de arrependimento 
Que o meu desalento já não tem mais fim 
Vai e diz, diz assim 
Como sou infeliz no meu descaminho 
Diz que estou sozinho 
E sem saber de mim 
Diz que eu estive por pouco 
Diz a ela que estou louco 
Pra perdoar 
Que seja lá como for, por amor 
Por favor é pra ela voltar 
Sim, vai e diz, diz assim 
Que eu rodei, que eu bebi 
Que eu cai, que eu não sei 
Que eu só sei que cansei, enfim 
Dos meus desencontros 
Corre e diz a ela 
Que eu entrego os pontos


Chico Buarque e Vinícius de Moraes






Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinícius de Moraes