Sou eu, hoje
sou eu. Eu e meus dilemas. Eu e minhas verdades. Eu e apenas... Eu. Eu
esperando o dia em que você consiga ler nas minhas meias palavras, tudo isso, essa
imensidão de sentimentos, que se completa nas entrelinhas. Sou eu, aqui,
esperando o dia desse acontecimento fatídico, esperando que meu amor seja
correspondido. Esperando que você veja os parênteses que meus braços abrem para
os seus abraços. Então não direi mais "sou eu", serei eu esperando
seus braços para completar nossos parênteses, nossas linhas particulares desse
nosso texto desigual. Banal. Sentimental. Carnal. Passional. Substancial. Conceitual.
Sem igual. E seremos, apenas seremos na mais profunda simplicidade de
fundirmo-nos. Não direi mais "sou eu", diremos então "somos
nós". Sorriremos com nossos olhos e olharemos mais profundamente cada poro
com nossos lábios, sentiremos cada vez mais forte ao respirar, ouviremos com
cada parte dos nossos corpos e dançaremos ofegantemente no ritmo das batidas
descompassadas, mas perfeitamente alinhadas, sentiremos cheiros com as línguas
e gostos com as narinas. Inebriantemente afundaremos em desejo e é exatamente
aí que renasceremos.
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