segunda-feira, 4 de junho de 2012

Que nunca seja tarde pra ter voz o coração

E eu que, por tantas vezes na hora da raiva, já disse que não perdoaria, já grudei copos no chão e nas paredes para que seus cacos fossem iguais aos meus, eu que tantas vezes fui uma malvada para mim mesma, sendo indiferente ao coração. Eu que jurei rancores, eu que perdia amores, eu que sou tão particular, eu que me senti abusada, eu que já tive minha paz violada e o coração em desassossego. Eu que em tanto não fui bem interpretada nem bem tratada. Eu que em muito não fui correspondida. Em tudo perdoei, e que eu siga assim, mesmo que perdoando em silêncio, mesmo que com os olhos, mesmo que seja só com o coração, tomara que um dia eu fale.


Laila Naymaer



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